Plano de fundo - Pablo Picasso
   "Duas mulheres correndo na praia" - 1922
Clique sobre a opção desejada abaixo

  • Édouard Manet

    Tela de Édouard Manet
    Tela de Édouard Manet
    Tela de Édouard Manet

    Telas de Édouard Manet


    Édouard Manet nasceu em Paris no dia 23 de janeiro de 1832, foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX.

    Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista. Prefere os jogos de luz e de sombra. O trabalhado das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, e, em certos quadros, seguiam a estética naturalista de Zola e Maupassant.

    Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Frequentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta sua liberação das associações literárias tradicionais, cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fato de ser considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas principais obras foram: “Almoço na relva” ou “Almoço no Campo”, “Olímpia”, “A sacada”, “O tocador de pífaro” e “A execução de Maximiliano”.

    Seu pai, Auguste, era um alto funcionário do Ministério da Justiça e descendia de uma ilustre família burguesa da capital francesa. Sra Manet (cujo sobrenome de solteira era Fournier) era filha de um diplomata francês na Suécia. Manet tinha dois irmãos mais novos: Eugène e Gustave. Apesar da educação austera, Manet pode descobrir o mundo artístico graças a um tio, o capitão Édouard Fournier, que levava Édouard e seu irmão Eugène às galerias do Museu do Louvre para admirar os grandes mestres.

    Em dezembro de 1848, Édouard embarcaria no barco-escola “Havre et Guadeloupe” para o Brasil como um simples marinheiro. Se esta experiência não confirmou que Édouard não tinha vocação para a marinha lhe trouxe uma grande experiência. Foi no Brasil que ele desenvolveu um certo gosto pelo exótico, pelas mulheres e desenvolveu uma repulsa ao escravismo. Marcou-o muito a luminosidade da baia de Guanabara que haveria de deixar traços marcantes na sua maneira de pintar. De volta a França em junho de 1849, Manet novamente fracassaria ao tentar entrar para Escola Naval.

    Manet consegue apoio de seus pais para estudar no ateliê do pintor e mestre Thomas Couture, onde ficou por seis anos. Thomas Couture tinha um estilo acadêmico, estudou na École des Beaux-Arts de Paris (“Escola de Belas Artes”), suas mais conhecidas obras foram “Os Romanos” e “A decadência”.

    Durante seis anos, Manet procurou aprender as bases técnicas da pintura e fez cópias de obras expostas no Louvre (cópias de obras de Ticiano,Velazquez, Tintoretto e Delacroix). Manet completou seu aprendizado viajando e conhecendo museus de outros países euporeus (Itália, Holanda,Alemanha, Áustria e outros). Em uma das viagens à Itália, Manet copiaria “Vênus de Urbino” de Ticiano que seria sua inspiração para fazer anos depois “Olympia”.

    No ano de 1856, Manet deixou o ateliê de Couture por divergências artísticas. Segundo Couture, Manet não tinha tons intermediários entre a luz a e sombra. Para Manet, esses tons intermediários debilitavam a sombra e a luz, portanto ele acabava usando cores quase puras.

    Em 1859, Manet envia o seu primeiro trabalho ao Salão de Paris (“O Bebedor de Absinto”), obra realista influenciada pelas obras do pintor Gustave Courbet e também pela obra “Menippe” de Diego Velázquez. A obra foi recusada pelo Salão. O júri não estava aberto ainda para novas ideias. A imagem do bebedor apareceria em outro quadro de Manet, “O velho músico” de 1862.

    Após o abandono do ateliê de Couture, Manet tinha um certo fascínio pela arte da Península Ibérica. Entre as suas obras da época estão: “Lola de Valência” (que retrata uma dançarina em trajes espanhóis tradicionais), “O Cantor Espanhol”, “Jovem Homem em costume de Majo”, ”Bailado Espanhol” e “Mile V. em costume de espada” (cuja modelo foi Victorine Meurent vestida de toureiro). Estes dois últimos expostos no Salão dos Recusados de 1863. Seu período hispânico era influenciado pelas obras de Diego Velázquez.

    Victorine Meurent teria um papel importante na obra de Manet, ele a conheceu durante seus estudos com Couture e a partir deste momento ela se tornaria uma modelo frequente de suas obras.

    O quadro “O Cantor Espanhol” foi seu primeiro quadro exposto ao Salão de Paris em 1861 junto a obra “Retrato de Sr. e Sra. Auguste Manet” (um retrato de seus pais). O “Cantor Espanhol” ganhou destaque na exposição pelas suas cores vivas e ganhou menção honrosa, já “Retrato do Sr. e Sra Auguste Manet” era uma obra típica dos tempos do ateliê de Couture, uma obra mais clássica. A última obra sob a influência espanhola foi “O Homem morto” de 1864. Quando Manet o pintou, ele era bem maior e se chamava “Incidente na Tourada”, porém ele acabou recebendo críticas devido à crueldade da cena e Manet, então, dividiu o quadro e sua maior parte recebeu o nome de“"O homem morto”.

    A partir de 1863 surgiu o Salão dos Recusados, onde quadros que não entravam no salão oficial poderiam ser expostos ali. Manet expôs neste salão de 1863 três quadros: “Victorine Mereunt em costume de toureiro”, “Rapaz em costume espanhol” e “Almoço na relva”. O quadro “Almoço na Relva&dquo; foi um escândalo para a época pela nudez que alguns acharam vulgar.

    No ano de 1867, “O tocador de Pífaro” foi recusado no Salão Oficial de Paris. Fato que fez com que Émile Zola escrevesse uma artigo no L’Événement defendendo a tela (Zola seria retratado por Manet em 1868, quadro que foi aceito no Salão do mesmo ano). No ano seguinte, 1867, após ser excluído do Salão Internacional, promoveu com seu próprio dinheiro uma exposição de suas obras, mas, sem sucesso de público, a exposição foi um fracasso.

    Em 1868, Manet entraria para o Salão Oficial com “Retrato de Émile Zola” e “Mulher com papagaio”. A partir deste ano, ele passaria seus verões em Boulogne-sur-Mer, cidade litorânea francesa da região de Pas-de-Calais. Lá ele realizaria algumas marinhas entre outras como “Clarão da lua sobre o porto de Boulogne” e a “Partida do Vapor Flokestone” ambas de 1869.

    No salão de 1869, colocou duas obras no Salão Oficial: “O balcão” e “Almoço no Ateliê”. “O Balcão” que não foram bem recebidos pelos cííticos pela sua falta de perspectiva. Neste quadro aparece a figura de Berthe Morisot, jovem pintora que ao conhecer Manet no Louvre tornou-se uma grande amiga e acabou sendo retratada em vários de seus quadros. Berthe acabou casando-se posteriormente com o irmão de Manet, Eugène.

    Em 1870, com a guerra franco-prussiana, Manet levou sua família a fronteira da Espanha e alistou-se na Guarda Nacional. Ele passou o ano de 1874 em Bennevilliers perto de Argenteuil onde seus amigos Monet e Renoir estavam na maior parte do tempo pintando ao ar livre. Ao visitar Monet em Argenteuil, Manet e eles sairam de barco pelo rio Sena para pintar. Desta época entrou para o salão de 1875 seu quadro “Monet em seu barco estúdio”. Em 1876, Manet faria uma exposição particular com muito sucesso.

    No ano de 1881, Manet ganharia o direito de participar permanentemente do Salão Oficial sem julgamento prévio. Em 1882 Manet apresentou seu último quadro pintado “Bar em Folies-Bergère” no Salão de Paris.

    Manet contraiu sífilis o que lhe causou muitas dores e paralisia parcial. Em 1883, Manet tem a perna esquerda amputada devido a gangrena e morreu dias após. Ele tinha 51 anos quando morreu e está enterrado no cemitério de Passy em Paris.

    Fonte: Wikipedia